Qualidade de Vida x Saúde Financeira Pessoal

Será que qualidade de vida tem a ver com saúde financeira? Sim, tem tudo a ver. Quando estamos endividados por diversos motivos que muitas vezes nos fogem do controle, passamos a vivenciar uma situação de estresse contínuo que afeta diretamente o nosso humor, podendo causar distúrbios como ansiedade e depressão. Veja aqui um artigo que escrevemos sobre o tema para te auxiliar.

Para ter uma vida financeira saudável, é preciso praticar dois hábitos fundamentais: planejamento e organização financeira. De fato, essas são práticas que nos dão uma visão aprimorada acerca da natureza de nossas receitas e gastos. Além disso, possibilitam a identificação de atitudes que afetam negativamente a saúde de nossas finanças.

O que é planejamento e organização financeira pessoal?

Consiste na tomada de ações que lhe auxiliam na gestão do seu orçamento doméstico. É necessária a organização de fatos que afetam o seu orçamento, com definição clara de entradas e saídas de valores das suas fontes de renda pessoais.

Com essa conscientização, você consegue identificar falhas e pode estabelecer estratégias para corrigi-las. Desse modo, você direciona suas finanças para o rumo que deseja, com metas e objetivos a serem alcançados.

E quais são os hábitos para um planejamento eficiente?

A falta de controle de finanças pessoais é um dos principais problemas que acaba fazendo com que as pessoas se percam e sejam soterradas por um avalanche de dívidas. Você precisa corrigir os seus hábitos e assumir as rédeas de controle do seu dinheiro. Veja um passo a passo para te ajudar.

Registre todas as suas despesas e receitas

Faça um controle detalhado de tudo o que recebe e paga a cada mês. Para te ajudar com isso, existem apps gratuitos que você pode pesquisar e baixar no seu celular, as opções são inúmeras. Você precisa considerar despesas futuras neste planejamento, para entender como elas vão impactar o seu equilíbrio financeiro no decorrer do tempo.

Defina seus objetivos e estabeleça prioridades

Você deve estabelecer quais sãos seus principais objetivos numa base de tempo no mínimo semestral. Deve priorizar aquilo que é mais importante na sua vida pessoal, planejando assuntos como: lazer, educação, gastos com vestuário, gastos com saúde por exemplo, e priorizar tudo isso de acordo com suas prioridades.

Exercite seu autocontrole

A cada dia, exercite o seu autocontrole na contratação de dívidas por exemplo. Reveja sempre os objetivos que estabeleceu como prioritários na dica anterior e não se desvie deles.

Elimine as compras por impulso

A tecnologia pode ser uma vantagem na hora das compras, mas um verdadeira armadilha para pessoas que compram compulsivamente, quando sem pensar. O pior é que nos perdemos nos cliques: habilitamos cartões de crédito em sites e não temos o cuidados de observar o valor conjunto do que estamos comprando. Por exemplo, aquele livro que eu gostaria de ler custa R$ 20,00 na plataforma on line e compramos. Depois de um dia, a inteligência artificial (algoritmo), nos avisa que uma nova promoção de outro livro daquele autor chegou, e compramos novamente. Depois de 10 compras a baixo custo, tornou-se um valor a pagar de R$ 200,00 no meu cartão de crédito! Vou pagar a fatura e ainda não li o primeiro livro que eu comprei…não é assim? Colocando em prática estas dicas, com certeza você conseguirá gerir melhor a sua vida financeira. Compartilhe este artigo com aquele amigo de orçamento descontrolado e com as pessoas que você ama. Todos precisam estar envolvidos na discussão de prioridades do orçamento familiar.

O que é Qualidade de Vida no Trabalho?

Existem muitas interpretações para qualidade de vida no trabalho; que são desde o foco médico da ausência de doenças da pessoa até as exigências de recursos, objetos e procedimentos que atendam demandas coletivas em determinada situação. Tudo isso compondo amplos programas de qualidade de vida no trabalho.

Conceituando: “qualidade de vida no trabalho é um índice de satisfação do colaborador no trabalho, medido a partir dos níveis de saúde e bem-estar, ambiente físico, interação social, crescimento pessoal entre outros. Também é conhecido como QVT e é essencial para a diminuição do turnover e o sucesso do negócio.”

Quando surgiu o conceito de Qualidade de Vida no Trabalho?

A origem do movimento de QVT surgiu em meados da década de 50, mais especificamente na Inglaterra, por meio do trabalho de Eric Trist e seus colaboradores, que realizaram estudos para tentar compreender a relação existente entre indivíduo, trabalho e organização. Eles observaram que um dos aspectos fundamentais é a realização do indivíduo no trabalho.

Na década de 60 o movimento da QVT tomou impulso a partir da conscientização da importância de se buscarem melhores formas de organizar o trabalho a fim de diminuir os efeitos negativos do mesmo na saúde e bem-estar dos trabalhadores. Mais foi somente no início da década de 70 que o tema foi introduzido publicamente, principalmente pela criação dos centros de estudos nos EUA (National Center for Produtivity and Quality of Working Life).

Pela crise energética mundial e o aumento da inflação o assunto perde espaço em 1974, ressurgindo em 1980 com o aparecimento das teorias Japonesas sobre modelos de administração. Os japoneses despontaram no cenário econômico internacional com resultados positivos de produtividade, obtidos via implementação de técnicas de reestruturação de processos centradas na automação, intrinsecamente atreladas a um esquema valorizador do indivíduo e do trabalho em equipe.

Na década de 90 o tema QVT invadiu todos os espaços, passando a integrar o discurso acadêmico, a literatura relativa ao comportamento nas organizações, os programas de qualidade total e a mídia de forma geral.

Qualidade de Vida no Trabalho deve ser uma preocupação somente de grandes empresas?

Na verdade não. As pequenas empresas podem e devem adotar medidas de melhorar a qualidade de vida de seus funcionários, de forma a trazer competitividade na retenção de talentos. Programas de treinamento e desenvolvimento de pessoas podem ser desenvolvidos, principalmente com o apoio de órgãos como o SENAC-Pompéia em São Paulo, que promove eventos e ações de cursos on line, totalmente gratuitos que podem colaborar para o desenvolvimento de estratégias voltadas a qualquer tamanho de negócio. Não é preciso um grande investimento e muita vezes, o acesso a informação gratuita é possível…exige um investimento de tempo e pesquisa para entender qual tipo de ações você pode realizar no seu negócio.

Por outro lado, entendo que a QVT deva estar alinhada ao Plano Estratégico da sua empresa, como uma ação de endomarketing que pode lhe trazer ganhos expressivos relacionados ao seu posicionamento de marca, além de reduzir afastamentos e diminuir o turnover.

Deixamos aqui algumas dicas que podem ser utilizadas por empresas de qualquer porte que podem lhe inspirar a pensar sobre o tema, e buscar implantar na sua empresa:

Organizar a rotina de trabalho

Manter a organização para executar as atividades diárias contribui para otimizar o tempo e priorizar o que realmente é necessário. Uma agenda, física ou eletrônica, pode ajudar nessa tarefa. Então, anote o que precisa fazer, reuniões previstas e outros compromissos.

Ainda, defina momentos do dia para atividades comuns, como ler e responder e-mails, fazer planejamento, receber pessoas ou outras que exijam alguma burocracia. Organizar a rotina torna a vida profissional menos caótica.

Priorize o clima organizacional

Contar com equipes unidas e motivadas gera um ambiente de trabalho saudável e leve. Nesse contexto, os colaboradores sentem prazer em realizar suas funções e buscam alcançar os objetivos previstos pela organização.

Sendo assim, promova dinâmicas para qualificar os relacionamentos interpessoais entre gestores e colaboradores. Ainda, sempre que possível, dê feedbacks sobre os resultados atingidos e o desempenho dos profissionais para manter o clima em alta.

Use a tecnologia para aumentar a produtividade

Embora alguns profissionais de Recursos Humanos tenham receio, a tecnologia não pretende tirar o lugar de ninguém. Pelo contrário, ela é uma grande aliada do RH e se tornou protagonista nas empresas, já que oferece ferramentas para otimizar a rotina de trabalho, simplificar a burocracia, minimizar erros e evitar o retrabalho. Assim, os gestores conseguem conhecer a impressão que os colaboradores têm sobre o ambiente de trabalho.

Mas muito cuidado neste ponto: a automação de rotinas não pode sobrecarregar a vida de seus funcionários. Busque uma política clara da utilização de tecnologia, atente para o volume de trabalho de cada um e além disso, tenha cuidado com as abordagens fora do expediente de trabalho e aos finais de semana, por exemplo, evitando assim futuros problemas trabalhistas. Na Empresa do Futuro contamos com especialistas na implantação de Programas de Qualidade de Vida no Trabalho, que pode ser construído de acordo com a realidade do seu negócio. Se quiser conhecer mais sobre o assunto, não exite em nos contatar por nossos canais de atendimento.

Quando a ansiedade e depressão são problemas sérios

Você tem se sentido triste, desinteressada (o), sem energia ou com dificuldades para dormir ou manter o sono durante esse período de isolamento social? Estudos têm revelado que diferentes sintomas psicológicos como solidão, desesperança, angústia, exaustão, irritabilidade, tédio, raiva e sensação de abandono são recorrentes e esperados em situações de distanciamento social.

Observa-se, ainda, maior probabilidade de ocorrerem distúrbios do sono, abuso de substâncias e ideação suicida, bem como agravamento de transtornos mentais preexistentes (NOAL et. al., 2020). Contudo, nem sempre a tristeza do isolamento ou as preocupações decorrentes das dificuldades do contexto atual são indicativos de um transtorno.

Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS (2001), a depressão é considerada como um problema prioritário de saúde pública. Conforme estudo epidemiológico do Ministério da Saúde (2020), sua prevalência ao longo da vida, no Brasil, está em torno de 15,5% e, na rede de atenção primária de saúde é de 10,4%, isoladamente ou associada a um transtorno físico, de acordo com a OMS. A depressão pode constituir-se em um único episódio depressivo, mas é comum a ocorrência repetida de vários episódios, ao longo do tempo.

FATORES DE RISCO

As causas da depressão são, supostamente, uma combinação de fatores genéticos, biológicos e emocionais. Algumas condições podem ser consideradas favoráveis ao desenvolvimento de um quadro depressivo, a saber:

  1. Histórico familiar, incluindo fatores genéticos;
  2. Depressões anteriores;
  3. Transtornos psiquiátricos correlatos;
  4. Estresse e ansiedade crônicos;
  5. Disfunções hormonais;
  6. Medicamentos;
  7. Abuso de álcool e outras substâncias psicoativas;
  8. Ausência de suporte social;
  9. Traumas psicológicos como abuso físico, sexual ou emocional;
  10. Doenças cardiovasculares, endocrinológicas, neurológicas, neoplasias entre outras;
  11. Conflitos conjugais e familiares;
  12. Mudança brusca de condições financeiras e desemprego;
  13. Experiências de perda.

SINTOMAS

Os sintomas depressivos podem ser didaticamente classificados em emocionais e/ou cognitivos e sintomas físicos:

SINTOMAS EMOCIONAIS E COGNITIVOS

  1. Tristeza ou humor deprimido;
  2. Apatia;
  3. Baixa autoestima e sentimentos de culpa e de inutilidade;
  4. Falta de motivação e de vontade de fazer atividades antes prazerosas;
  5. Medos que antes não existiam;
  6. Perda ou aumento de apetite;
  7. Alto grau de pessimismo;
  8. Indecisão e insegurança;
  9. Insônia ou hipersonia;
  10. Sensação de vazio;
  11. Irritabilidade;
  12. Atenção e concentração reduzidas;
  13. Raciocínio mais lento;
  14. Esquecimento;
  15. Ansiedade e/ou angústia;
  16. Redução do interesse sexual;
  17. Pensamentos de morte ou suicidas.

SINTOMAS FÍSICOS

  1. Mal-estar;
  2. Cansaço excessivo;
  3. Queixas digestivas, como dores de barriga, má digestão, constipação ou azia;
  4. Alterações motoras (lentificação ou agitação);
  5. Tensão na nuca e/ou nos ombros;
  6. Dores de cabeça e/ou no corpo;
  7. Pressão no peito;
  8. Queda da imunidade;
  9. Diminuição do desempenho e do nível de funcionamento social.

QUANDO PROCURAR AJUDA ESPECIALIZADA?

Observe os seus sintomas. Caso você apresente, por um período mínimo de duas semanas, humor deprimido ou perda de interesse ou de prazer em suas atividades diárias, além de outros sintomas depressivos mencionados, que estejam causando sofrimento e prejuízos em seu comportamento e/ou em sua funcionalidade, você deve procurar a ajuda de um psiquiatra e/ou de um psicólogo. A psicoterapia e os medicamentos são a base do tratamento e permitem que o quadro seja controlado. Durante o período de isolamento social, vários profissionais estão atendendo na modalidade on-line, prática segura, regulamentada por seus Conselhos de Classe. Vale ressaltar que o diagnóstico da depressão é clínico, pois não existem exames laboratoriais específicos para diagnosticá-lo.

Por isso alertamos que a busca de ajuda deve partir de você. É necessário uma tomada de consciência sobre o problema que você está enfrentando. Também vale ressaltar que ser depressivo não significa derrota de nenhuma forma e você vai precisar de ajuda profissional. Busque também auxílio do Sistema Público de Saúde, que está preparado em suas redes de atendimento para lidar com a questão.

Fonte: Livremente adaptado da Apostila “Depressão”, da Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, Site do Ministério da Saúde, Site da OMS.