Existem muitas interpretações para qualidade de vida no trabalho; que são desde o foco médico da ausência de doenças da pessoa até as exigências de recursos, objetos e procedimentos que atendam demandas coletivas em determinada situação. Tudo isso compondo amplos programas de qualidade de vida no trabalho.

Conceituando: “qualidade de vida no trabalho é um índice de satisfação do colaborador no trabalho, medido a partir dos níveis de saúde e bem-estar, ambiente físico, interação social, crescimento pessoal entre outros. Também é conhecido como QVT e é essencial para a diminuição do turnover e o sucesso do negócio.”

Quando surgiu o conceito de Qualidade de Vida no Trabalho?

A origem do movimento de QVT surgiu em meados da década de 50, mais especificamente na Inglaterra, por meio do trabalho de Eric Trist e seus colaboradores, que realizaram estudos para tentar compreender a relação existente entre indivíduo, trabalho e organização. Eles observaram que um dos aspectos fundamentais é a realização do indivíduo no trabalho.

Na década de 60 o movimento da QVT tomou impulso a partir da conscientização da importância de se buscarem melhores formas de organizar o trabalho a fim de diminuir os efeitos negativos do mesmo na saúde e bem-estar dos trabalhadores. Mais foi somente no início da década de 70 que o tema foi introduzido publicamente, principalmente pela criação dos centros de estudos nos EUA (National Center for Produtivity and Quality of Working Life).

Pela crise energética mundial e o aumento da inflação o assunto perde espaço em 1974, ressurgindo em 1980 com o aparecimento das teorias Japonesas sobre modelos de administração. Os japoneses despontaram no cenário econômico internacional com resultados positivos de produtividade, obtidos via implementação de técnicas de reestruturação de processos centradas na automação, intrinsecamente atreladas a um esquema valorizador do indivíduo e do trabalho em equipe.

Na década de 90 o tema QVT invadiu todos os espaços, passando a integrar o discurso acadêmico, a literatura relativa ao comportamento nas organizações, os programas de qualidade total e a mídia de forma geral.

Qualidade de Vida no Trabalho deve ser uma preocupação somente de grandes empresas?

Na verdade não. As pequenas empresas podem e devem adotar medidas de melhorar a qualidade de vida de seus funcionários, de forma a trazer competitividade na retenção de talentos. Programas de treinamento e desenvolvimento de pessoas podem ser desenvolvidos, principalmente com o apoio de órgãos como o SENAC-Pompéia em São Paulo, que promove eventos e ações de cursos on line, totalmente gratuitos que podem colaborar para o desenvolvimento de estratégias voltadas a qualquer tamanho de negócio. Não é preciso um grande investimento e muita vezes, o acesso a informação gratuita é possível…exige um investimento de tempo e pesquisa para entender qual tipo de ações você pode realizar no seu negócio.

Por outro lado, entendo que a QVT deva estar alinhada ao Plano Estratégico da sua empresa, como uma ação de endomarketing que pode lhe trazer ganhos expressivos relacionados ao seu posicionamento de marca, além de reduzir afastamentos e diminuir o turnover.

Deixamos aqui algumas dicas que podem ser utilizadas por empresas de qualquer porte que podem lhe inspirar a pensar sobre o tema, e buscar implantar na sua empresa:

Organizar a rotina de trabalho

Manter a organização para executar as atividades diárias contribui para otimizar o tempo e priorizar o que realmente é necessário. Uma agenda, física ou eletrônica, pode ajudar nessa tarefa. Então, anote o que precisa fazer, reuniões previstas e outros compromissos.

Ainda, defina momentos do dia para atividades comuns, como ler e responder e-mails, fazer planejamento, receber pessoas ou outras que exijam alguma burocracia. Organizar a rotina torna a vida profissional menos caótica.

Priorize o clima organizacional

Contar com equipes unidas e motivadas gera um ambiente de trabalho saudável e leve. Nesse contexto, os colaboradores sentem prazer em realizar suas funções e buscam alcançar os objetivos previstos pela organização.

Sendo assim, promova dinâmicas para qualificar os relacionamentos interpessoais entre gestores e colaboradores. Ainda, sempre que possível, dê feedbacks sobre os resultados atingidos e o desempenho dos profissionais para manter o clima em alta.

Use a tecnologia para aumentar a produtividade

Embora alguns profissionais de Recursos Humanos tenham receio, a tecnologia não pretende tirar o lugar de ninguém. Pelo contrário, ela é uma grande aliada do RH e se tornou protagonista nas empresas, já que oferece ferramentas para otimizar a rotina de trabalho, simplificar a burocracia, minimizar erros e evitar o retrabalho. Assim, os gestores conseguem conhecer a impressão que os colaboradores têm sobre o ambiente de trabalho.

Mas muito cuidado neste ponto: a automação de rotinas não pode sobrecarregar a vida de seus funcionários. Busque uma política clara da utilização de tecnologia, atente para o volume de trabalho de cada um e além disso, tenha cuidado com as abordagens fora do expediente de trabalho e aos finais de semana, por exemplo, evitando assim futuros problemas trabalhistas. Na Empresa do Futuro contamos com especialistas na implantação de Programas de Qualidade de Vida no Trabalho, que pode ser construído de acordo com a realidade do seu negócio. Se quiser conhecer mais sobre o assunto, não exite em nos contatar por nossos canais de atendimento.

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