Qual a função da Contabilidade Gerencial?

O que é a contabilidade gerencial e qual a sua função nas empresas?

Contabilidade gerencial é um procedimento que visa mensurar e analisar as informações financeiras e contábeis utilizadas pela gestão da empresa nos trabalhos de planejamento e controle do negócio, assegurando, assim, o uso apropriado dos seus recursos.

Ela pode ser definida como um conjunto de técnicas contábeis e procedimentos gerenciais — como a contabilidade de custos, financeiras e análise de demonstrações contábeis — que são combinadas para oferecerem informações precisas e valiosas para os gestores.

Ela realiza a alimentação de planilhas, relatórios e fornece outras ferramentas para realizar comparações e demais análises sobre a situação financeira de uma empresa, confrontando o período atual com anos anteriores.

De posse dessas informações, a gestão empresarial tem um guia completo para tomar decisões sobre os melhores momentos para realizar investimentos, projeções para o futuro, aumentar o MIX ou aprimorar produtos existentes, verificar questões tributárias, entre outras atividades.

Além de fornecer informações para nortear a tomada de decisões importantes para uma empresa, a contabilidade gerencial também tem a função de realizar o planejamento de um negócio.

Essa ação tem o objetivo de alcançar um controle contábil e financeiro eficaz, de modo que esses setores possam ser mais bem organizados, possibilitando que a administração seja capaz de visualizar com mais clareza todos os atos e fatos praticados no âmbito empresarial.

Quais são os usuários da contabilidade gerencial?

As informações geradas pela contabilidade gerencial não se restringem somente aos empresários, gestores ou administradores da empresa, existem outras pessoas que necessitam desse tipo de informações, são os chamados usuários da contabilidade gerencial.

Podemos dividi-los em dois grandes grupos, o primeiro, os usuários externos, são aqueles que não fazem parte do quadro societário ou colaborativo da empresa, mas que, por algum motivo, têm interesse nos demonstrativos elaborados pela contabilidade gerencial.

Entre eles podemos citar os bancos, fornecedores, credores diversos, investidores ou aqueles que se aventuram no mercado de ações, caso a empresa comercialize ativos na bolsa de valores.

Os usuários internos são os proprietários, gestores, administradores e até mesmo os funcionários que necessitam de informações sobre a contabilidade e finanças da empresa para tomar alguma decisão importante, que refletirá no crescimento e sucesso do negócio.

Qual a importância da contabilidade gerencial nas empresas?

Como você pode perceber, a principal função da contabilidade gerencial é gerar informações para a tomada de decisões, no entanto, a sua importância não para por aí. Ela também fornece uma espécie de fotografia, um demonstrativo real da situação financeira e patrimonial de uma empresa.

Ao ter acesso a esses dados, a alta administração de um negócio tem em mãos relatórios em que constam o histórico de sua empresa, sua evolução ao longo dos anos de exercício das atividades e a situação atual. Assim, é possível verificar se houve crescimento ou declínio, bem como analisar os fatores que contribuíram para isso.

Em termos de gestão empresarial, a contabilidade gerencial surge como uma forma de driblar momentos de crise ou recessões econômicas, como o que foi vivenciado entre 2016 e 2017 e agora os impactos na COVID-19 desde o ano de 2020, com fechamento de negócios por todo o país.

Ela pode apresentar diversas alternativas para reduzir custos de produção, vendas ou prestação de serviços, sem prejudicar as operações da empresa, podendo, inclusive, otimizar a operação em alguns departamentos.

Ela também é importante para auxiliar os gestores na avaliação de negócio por meio de ferramentas não financeiras, dominadas pelos profissionais que exercem essa função como o Valor Econômico Agregado (EVA) ou o Valor Agregado de Mercado (MVA).

Não podemos deixar de mencionar a importância que a contabilidade gerencial tem na apuração de impostos bem como nas informações prestadas aos órgãos de arrecadação e fiscalização tributária. Sabemos que a legislação fiscal muda com frequência e novas formas de tributação e obrigações acessórias são criadas a cada ano.

Dessa forma, a contabilidade gerencial também é importante para adequar a empresa às questões fiscais exigidas pelos órgãos tributantes, bem como evitar que a Legislação seja descumprida, diminuindo o risco para a empresa, no que se refere a sanções fiscais e multas.

Qual o profissional habilitado a exercer a função de contabilidade gerencial nas empresas?

Como se trata de uma área de atuação da contabilidade, o profissional habilitado para desenvolver as funções dessa atividade deve ser o Contador, ou seja, o bacharel em curso superior na área de Ciências Contábeis, devidamente inscrito no seu conselho de classe, Conselho Regional de Contabilidade (CRC), distribuído pelos estados brasileiros.

Quando se menciona a profissão do contador, logo vem à mente das pessoas aquele profissional que cuida da escrituração fiscal, financeira e de pessoal da empresa.

Muitos ainda o enxergam como um simples guardador de livros do fisco, no entanto, esse cenário mudou radicalmente nos últimos anos, e o surgimento da contabilidade gerencial foi o principal causador dessa mudança.

Os empresários passaram a enxergar a necessidade de ter um profissional que, além de identificar e escriturar todo o tipo de informação, também tenha a capacidade de interpretar situações específicas que envolvem a contabilidade e o setor financeiro ou questões tributárias e trabalhistas que influenciam diretamente na lucratividade da empresa.

Assim, o contador passou a ser um profissional essencial para qualquer tipo de negócio. Sua atividade ultrapassa os limites da simples escrituração e guarda de livros e alcança a mais alta administração oferecendo a ela informações de altíssima qualidade que refletem a situação real de uma empresa.

Então, entendeu melhor qual a função da contabilidade gerencial nas empresas? Na Contabilidade Consciente utilizamos um software de gestão integrada (ERP) que pode lhe dar uma visão em tempo real da situação de Fluxo de Caixa da sua empresa, e a produzir relatórios gerenciais sobre a sua situação patrimonial. Entre com contato por nossos canais de atendimento que podemos te ajudar.

O que é Estatuto Nacional da Pequena Empresa?

O que é a Lei Geral das Pequenas Empresas

A Lei Geral, também conhecida como Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, foi criada pela Lei Complementar nº. 123/2006 para regulamentar tratamento favorecido, simplificado e diferenciado a esse setor, conforme disposto na Constituição Federal.

Seu objetivo é fomentar o desenvolvimento e a competitividade da micro e pequena empresa e do microempreendedor individual, como estratégia de geração de emprego, distribuição de renda, inclusão social, redução da informalidade e fortalecimento da economia.

Os benefícios criados pela Lei Geral, a exceção do tratamento tributário diferenciado, aplicam-se também ao produtor rural pessoa física e ao agricultor familiar.

Lei Geral Simplificada

Classificação dos negócios com base na receita bruta anual

A Lei Geral adota a seguinte classificação:

  • Microempreendedor Individual: receita bruta anual até R$ 81.000,00
  • Microempresa: receita bruta anual igual ou inferior a R$ 360.000,00
  • Empresa de Pequeno Porte: receita bruta anual superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00

Tratamento diferenciado para a micro e pequena empresa

A lei garante que toda nova obrigação que atingir os pequenos negócios deverá especificar, no instrumento que a instituiu, o tratamento diferenciado, sob pena de não ser aplicada às Micro e Pequenas Empresas.

Registro e Legalização de Empresas

O processo de registro e legalização de empresas deve ter trâmite simplificado e unificado, com entrada única de dados e documentos e integrando todos os órgãos envolvidos por meio do sistema informatizado. O sistema informatizado deve permitir o compartilhamento de dados e a criação da base cadastral única de empresas.

Simples Nacional

Todas as atividades econômicas, com exceção das especificamente vedadas, podem optar pelo Simples Nacional, tendo como critério único o teto de faturamento (R$ 4,8 milhões).

Para a micro e pequena empresa, o Simples Nacional engloba o recolhimento de oito impostos em uma única guia (IRPJ, CSLL, PIS/PASEP, COFINS, IPI, CPP, ICMS e ISS). Entre R$3,6 milhões e R$4,8 milhões o ISS e ICMS são recolhidos no regime geral.

Para o microempreendedor individual, o Simples Nacional engloba três impostos em uma única guia (CPP, ICMS e ISS), cujo recolhimento será em valores mensais fixos, independentemente da sua receita bruta. O MEI é isento dos outros impostos.

Microempreendedor Individual – MEI

Microempreendedor Individual (MEI) é o empresário individual legalizado com receita bruta anual de até R$ 81.000,00 e optante pelo Simples Nacional. O MEI não pode possuir mais de um estabelecimento ou participar de outra empresa como sócio ou titular. Também só pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.

Fiscalização Orientadora para os Pequenos Negócios

A fiscalização da micro e pequena empresa e do microempreendedor individual, nos aspectos trabalhista, metrológico, sanitário, ambiental, de segurança e de uso e ocupação do solo, deve ser prioritariamente orientadora (educativa e não punitiva) e baseada no critério de dupla visita, salvo nos casos em que a atividade ou a situação não forem compatíveis com este procedimento.

Participação das Micro e Pequenas Empresas nas Licitações Públicas

As licitações públicas realizadas nos âmbitos federal, estadual e municipal devem obrigatoriamente dar tratamento diferenciado e favorecido para a micro e pequena empresa, como forma de promover o desenvolvimento econômico e social, a ampliação da eficiência das políticas públicas e o incentivo à inovação tecnológica.

Para assegurar o tratamento diferenciado e favorecido para os pequenos negócios nas licitações, a administração pública deverá:

Realizar licitações exclusivas para os pequenos negócios nas compras com valor até R$ 80.000,00;

Exigir dos licitantes a subcontratação de micro e pequena empresa;

Estabelecer em certames para aquisição de bens de natureza divisível, cota de até 25% para a contratação de MPE;

Assegurar em caso de empate, a possibilidade de negociação e a preferência para contratação de micro ou pequena empresa;

Exigir a comprovação da regularidade fiscal apenas no ato da contratação, considerando prazo adicional para sanar restrições.

Exportações pelas Micro e Pequenas Empresas

As micro e pequenas empresas optantes pelo Simples Nacional usufruirão de regime diferenciado para a exportação de bens e serviços. Os procedimentos para a habilitação, licenciamento, despacho aduaneiro e câmbio devem ser simplificados.

Elas poderão auferir receitas de exportações de bens e serviços até o teto de R$ 4.800.000,00, adicionais às receitas obtidas no mercado interno, sem que sejam excluídas do Simples Nacional.

Quer saber mais?

Para saber mais sobre a Lei Geral, o Simples Nacional e o MEI acesse os portais do Governo Federal com informações e respostas sobre as principais dúvidas:

Lei Geral da Micro e Pequena Empresa

Portal do Simples Nacional

Portal do Empreendedor

Quer saber como podemos de ajudar?

Na Contabilidade Consciente prestamos serviços contábeis on line que ajudar na definição do tipo de constituição de empresa que o empresário deve utilizar, tanto para MEI como empresas caracterizadas em suas atividades no Simples Nacional. Entre em contato com a gente pelos canais de atendimento e consulte sobre planos adequados ao seu negócio e valores.

Fonte: Site do SEBRAE Nacional, Site do Simples Nacional.

O que devo fazer para abrir o meu próprio negócio?

Sou empreendedor há exatos vinte anos e vou falar de pontos que considero importantes quando você for pensar em abrir o seu próprio negócio, para que funcione como um passo a passo e bússola para o seu caminho. É claro que não sou um grande guru e nem quero te vender um curso milagroso na internet, porque infelizmente, hoje é o que mais vemos no mundo digital.

Perfil do Empreendedor

O primeiro ponto que considero essencial é você saber se possui perfil de um empreendedor. Muitas pessoas saem de carreira ótimas na empresa, achando que vão se dar bem no ramo dos negócios, mas descobrem que não é muito bem assim. As vezes suas carreiras e comportamentos estão ancorados em cargos de estabilidade e no Brasil não é muito bem assim. Outro fator que você deve medir é o quanto você acha importante o significado de uma marca. Dessa forma, talvez seja mais tranquilo investir em uma franquia consolidada no mercado nacional. As opções são muitas, então faça uma pesquisa detalhada e um planejamento para saber se os seus recursos serão bem investidos, porque fora a taxa de franquia, existem royalties que o negócio deverá pagar, além de toda a infra-estrutura e padrões que você deverá construir de acordo com as exigências do franqueador.

Saiba que negócio abrir

Você quer se tornar um empreendedor mas não sabe por onde começar ou que negócio abrir? Busque inicialmente fazer uma pesquisa no SEBRAE da sua cidade. Então, confira os menus Ideias de Negócios e Tipos e Ramos. Confira sugestões de como ganhar dinheiro, descubra o que é preciso ter para montar um negócio e veja como o Sebrae classifica e apoia a atividade escolhida.

EMPRETEC

Busque urgentemente orientações sobre o EMPRETEC do Sebrae na sua região. É um curso de imersão que lhe trará insights poderosos sobre as Competências Habilidades e Atitudes (CHA) dos empreendedores de sucesso no mundo inteiro, com casos surpreendentes no Brasil. Para citar dentre muitos empresários, a Luiza Trajano participou há mais de duas décadas e veja o caso da MAGALU.

Reúna informações sobre o negócio

Em seguida, você precisa coletar informações para dar subsídio consistente à criação da empresa, pesquisando dados sobre:

  • Mercado
  • Finanças
  • Marketing
  •  Localização do empreendimento

Organize-se

A quarta iniciativa é organizar as informações coletadas. Ao conhecer o mercado você conseguirá construir o plano de negócios e definir estratégias para posicionar corretamente a sua empreitada.

Como obter crédito

Para obter crédito, você pode precisar de dicas de gestão de dinheiro e de como conseguir auxílios financeiros para as suas necessidades profissionais. Você precisa pensar nos seguintes tópicos:

  • Fornecedores e os prazos de pagamento.
  •  Financiamentos e análise das necessidades.
  • Renegocie o pagamento de empréstimos.
  •  Qual o melhor financiamento para o seu negócio.
  •  Que garantias a empresa deve apresentar para obter crédito.

Coloque a mão na massa

A última etapa é registrar o negócio e torná-lo realidade. Saiba o que é necessário para formalizar o empreendimento. Neste quesito podemos te ajudar. Prestamos serviços de abertura de empresas para todos os tipos e ramos de negócio. Um fato muito importante que a maioria dos empresários desconhece é que precisa consultar um contador antes do aluguel da sede do negócio, por exemplo. Existem as vezes restrições de atividades que precisam ser descobertas antes da assinatura do contrato de locação (é uma etapa anterior ao contrato).

Fonte: Site do SEBRAE-GO, Site do SEBRAE Nacional Flávio Freitas é sócio fundador da Empresa do Futuro.