A depressão e a ansiedade tem cura? Posso me tratar sozinho?

Você sabe o que é depressão e ansiedade? Pode afinal se tratar sozinho?

Depressão é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente que produz alteração do humor caracterizada por tristeza profunda e forte sentimento de desesperança. É essencial identificar sintomas e procurar ajuda médica.

Depressão (CID 10 – F33) é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite.

É importante distinguir a tristeza patológica daquela transitória provocada por acontecimentos difíceis e desagradáveis, mas que são inerentes à vida de todas as pessoas, como a morte de um ente querido, a perda de emprego, os desencontros amorosos, os desentendimentos familiares, as dificuldades econômicas etc.

Diante das adversidades, as pessoas sem a doença sofrem, ficam tristes, mas encontram uma forma de superá-las. Nos quadros de depressão, a tristeza não dá tréguas, mesmo que não haja uma causa aparente. O humor permanece deprimido praticamente o tempo todo, por dias e dias seguidos. Desaparece o interesse pelas atividades que antes davam satisfação e prazer e a pessoa não tem perspectiva de que algo possa ser feito para que seu quadro melhore.

O que é ansiedade?

O termo tem várias definições nos dicionários não técnicos: aflição, angústia, perturbação do espírito causada pela incerteza, relação com qualquer contexto de perigo, etc.

Levando-se em conta o aspecto técnico, devemos entender ansiedade como um fenômeno que ora nos beneficia ora nos prejudica, dependendo das circunstâncias ou intensidade, podendo tornar-se patológica, isto é, prejudicial ao nosso funcionamento psíquico (mental) e somático (corporal). A ansiedade estimula o indivíduo a entrar em ação, porém, em excesso, faz exatamente o contrário, impedindo reações.

Os transtornos de ansiedade são doenças relacionadas ao funcionamento do corpo e às experiências de vida. Pode-se sentir ansioso a maior parte do tempo sem nenhuma razão aparente; pode-se ter ansiedade às vezes, mas tão intensamente que a pessoa se sentirá imobilizada. A sensação de ansiedade pode ser tão desconfortável que, para evitá-la, as pessoas deixam de fazer coisas simples (como usar o elevador) por causa do desconforto que sentem.

Os transtornos da ansiedade têm sintomas muito mais intensos do que aquela ansiedade normal do dia a dia. Eles aparecem como:

– preocupações, tensões ou medos exagerados (a pessoa não consegue relaxar);

– sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer;

– preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho;

– medo extremo de algum objeto ou situação em particular;

– medo exagerado de ser humilhado publicamente;

– falta de controle sobre os pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da vontade;

– pavor depois de uma situação muito difícil.

Tratamento da depressão

Depressão é uma doença que exige acompanhamento médico sistemático. Quadros leves costumam responder bem ao tratamento psicoterápico. Nos outros mais graves e com reflexo negativo sobre a vida afetiva, familiar e profissional e em sociedade, a indicação é o uso de antidepressivos com o objetivo de tirar a pessoa da crise.

Tratamento da ansiedade

Existem três tipos de tratamento para os transtornos de ansiedade:

– medicamentos (sempre com acompanhamento e receita médica);

– psicoterapia com psicólogo ou com médico psiquiatra;

– combinação dos dois tratamentos (medicamentos e psicoterapia).

A maior parte das pessoas começa a ser sentir melhor e retoma suas atividades depois de algumas semanas de tratamento, por isso é importante procurar ajuda especializada na unidade de saúde mais próxima. O diagnóstico precoce e preciso, um tratamento eficaz e o acompanhamento por um prazo longo, são imprescindíveis para obter-se melhores resultados e menores prejuízos.

Concluímos então que a depressão e a ansiedade tem cura sim! Porém nada de se automedicar e achar que pode sair dessa sozinho. O diagnóstico deve ser concluído com intervenção médica e de um psicólogo. Se você não puder pagar um tratamento, busque ajuda na rede pública de saúde que está preparada para receber pessoas com este problema.

Então, agora você sabe que depressão e ansiedade tem cura e não pode sair dessa sozinho. Na Empresa do Futuro estamos elaborando um Programa de Qualidade de Vida que pode te ajudar a perceber estes sintomas e também auxiliar na busca de ajuda médica e profissional. Fique antenado em nossos artigos sobre qualidade de vida e não espere para buscar ajuda profissional. Converse com aquele amigo próximo ou familiar que possa te acompanhar e te ajudar.

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis neste artigo possuem apenas caráter educativo.

Fonte: Dr. Dráusio Varella, Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, Secretaria de Saúde do Paraná.

Afinal, o que falar e não falar a alguém com depressão?

Afinal, o que falar e não falar a alguém com depressão? Nos dias atuais e entendendo que a depressão é uma doença ligada ao estilo de vida moderno, todos nós já tivemos ou estamos em contato com amigos e familiares que possa estar passando por um problema de depressão. A primeira coisa que eu digo e: depressão não é frescura, e se você não tem o que acrescentar, é melhor ficar calado.

Fizemos uma coletânea com as frases clássicas que não devem ser ditas a uma pessoa com depressão. As explicações dos motivos falam por si só. Confira:

  • Você só precisa se animar!

A depressão afeta vários aspectos do funcionamento de uma pessoa. A animação é um sentimento passageiro do humor. No entanto, a pessoa depressiva não escolhe estar deprimida, ela simplesmente está.

Por isso, sugerir que ela se anime não é algo tão fácil de fazer sozinho, podendo até afastar seu amigo.

Ao invés disso, você pode dizer: “posso te acompanhar no que você gosta/gostava” ou “com o tratamento, você se sentirá melhor”.

Essa é ótima!:

  • Você precisa de Deus/ajuda espiritual

O apoio espiritual é bom para alguns pacientes, mas isso não significa que essa é a única solução para a depressão. Além disso, a depressão é uma doença e precisa ser tratada em todos os aspectos que a afeta, e religiosidade é apenas um.

Ou seja, limitar a depressão a ausência de Deus gera culpa e constrange a pessoa a procurar ajuda que precisa. Ao invés disso, você pode dizer “posso ir ao culto/serviço/missa com você, se não puder ir sozinho” ou apenas respeitar o espaço e tempo do outro.

  • Eu sei o que você está sentindo

Mesmo que quem esteja dizendo isso já tenha enfrentado a depressão, ela pode ser sufocante. Isso porque, o diagnóstico pode ser o mesmo, no entanto a vivência da dor é algo único e não pode ser comparada. O que dizer? “eu consigo perceber que sua dor é enorme”, “percebo que você está sofrendo”.

  • Você tem que aprender a superar isso

A pessoa com depressão já lida com suas culpas e cobranças internas. Essa fala apenas aumenta a sensação de fracasso que o paciente já sente. O que dizer? “aos poucos, vamos lidar com isso” ou “estarei aqui para ajudar você a lidar com isso”.

  • Você não tem motivos para estar deprimido

A depressão não é baseada numa relação de causa e efeito, mas sim numa série de variáveis que altera a percepção do mundo. Não se trata de uma escolha do paciente. O que dizer? “estou aqui se quiser falar sobre o que está acontecendo. Posso não entender, mas ouvirei sem julgamentos”.

  • Você só tem que sair de casa

O isolamento é um sintoma da depressão muito comum. O paciente sente que o mundo é muito pesado ou que não conseguirá interagir com outras pessoas. O que dizer? “se quiser sair, posso te acompanhar” ou “farei uma caminhada, quer ir comigo?”.

  • A vida continua.

Viver com Depressão é como viver sob um peso de 40 toneladas, sem conseguir levantar-se e mover-se. Mais uma vez, este tipo de afirmações menospreza o estado depressivo e demonstra que você não está verdadeiramente interessado em ajudar.

  • Você sabe que todo mundo tem problemas!

Quando diz isto, você está dizendo que a pessoa deprimida escolheu estar infeliz, o que a faz sentir ainda pior. Prefira uma atitude de compaixão.

  • Vamos sair para nos divertir!

Sugerir momentos de diversão é apenas válido se estiver preparado para acompanhar a pessoa nesses momentos, incentivando cada pequeno passo. Lembre-se que a pessoa em Depressão não se sente com força ou ânimo para as coisas mais básicas.

  • Você é muito sensível.

A Depressão é muito mais do que uma característica da personalidade. Não desvalorize a gravidade da Depressão. Se a pessoa está deprimida não é porque é fraca mas porque viveu intensamente experiências anteriores que a perturbaram.

  • Você é forte, vai ficar bem.

Algumas pessoas fortes poderão conseguir lidar com o desânimo e desespero. Mas quem está deprimido, sente que a sua vida não significa nada! Em vez de dizer isto, limite-se a escutar.

  • Pare de ter pena de si próprio.

O que a pessoa deprimida sente ao ouvir isto é que a sua personalidade é fraca, o que a faz sentir ainda pior. Dê o seu tempo à pessoa e interesse-se pelos seus problemas.

  • Tome vitaminas para o stress.

Aqui está evidente a ideia de que há uma pílula mágica que cura os problemas. Apenas um psicoterapeuta qualificado poderá diagnosticar e prescrever um tratamento adequado e eficaz que provavelmente não passará por medicação. A medicação atua no nosso sistema bioquímico. A depressão não é uma doença, é um estado emocional.

  • Me liga!

Se você está realmente interessado em ajudar, deve ser você que estende a mão a quem precisa. Recorde-se que a pessoa se sente sem importância e sem força.

  • A vida é dura!

Este tipo de afirmações reforça e agrava os sentimentos negativos da pessoa deprimida. É preferível que demonstre empatia e se disponibilize para apoiar e ajudar a superar o seu estado.

  • Você tem que se esforçar mais!

Críticas e comentários críticos não são nada construtivos. A recuperação de uma pessoa em Depressão é influenciada pela forma como a família e os amigos encaram o problema.

  • Você vai ter de aprender a viver com a Depressão.

Não! Viver em Depressão é estar num túnel escuro sem luz. Mas não tem de ser um problema para sempre: a Depressão tem solução. A melhor coisa que pode fazer é calmamente apoiar a pessoa a procurar o tratamento eficaz para a sua perturbação.

Então, agora você já sabe o que não falar a uma pessoa com depressão? Estamos elaborando um Programa de Qualidade de Vida que pode lhe ajudar a identificar problemas e também a entender se tem problemas de ansiedade ou não. Acompanhe a divulgação de dicas de qualidade de vida em nossos canais e em breve o lançamento do Programa.

Quando posso ter sérios problemas devido a ansiedade?

O que é ansiedade?

O termo tem várias definições nos dicionários não técnicos: aflição, angústia, perturbação do espírito causada pela incerteza, relação com qualquer contexto de perigo, etc.

Levando-se em conta o aspecto técnico, devemos entender ansiedade como um fenômeno que ora nos beneficia ora nos prejudica, dependendo das circunstâncias ou intensidade, podendo tornar-se patológica, isto é, prejudicial ao nosso funcionamento psíquico (mental) e somático (corporal).

A ansiedade estimula o indivíduo a entrar em ação, porém, em excesso, faz exatamente o contrário, impedindo reações. Os transtornos de ansiedade são doenças relacionadas ao funcionamento do corpo e às experiências de vida.

Pode-se sentir ansioso a maior parte do tempo sem nenhuma razão aparente; pode-se ter ansiedade às vezes, mas tão intensamente que a pessoa se sentirá imobilizada. A sensação de ansiedade pode ser tão desconfortável que, para evitá-la, as pessoas deixam de fazer coisas simples (como usar o elevador) por causa do desconforto que sentem.

Os transtornos da ansiedade têm sintomas muito mais intensos do que aquela ansiedade normal do dia a dia. Eles aparecem como:

– preocupações, tensões ou medos exagerados (a pessoa não consegue relaxar);

– sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer;

– preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho;

– medo extremo de algum objeto ou situação em particular;

– medo exagerado de ser humilhado publicamente;

– falta de controle sobre os pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da vontade;

– pavor depois de uma situação muito difícil.

Tratamento

Existem três tipos de tratamento para os transtornos de ansiedade;

– medicamentos (sempre com acompanhamento e receita médica);

– psicoterapia com psicólogo ou com médico psiquiatra;

– combinação dos dois tratamentos (medicamentos e psicoterapia).

A maior parte das pessoas começa a ser sentir melhor e retoma suas atividades depois de algumas semanas de tratamento, por isso é importante procurar ajuda especializada na unidade de saúde mais próxima. O diagnóstico precoce e preciso, um tratamento eficaz e o acompanhamento por um prazo longo, são imprescindíveis para obter-se melhores resultados e menores prejuízos.

Cuidado: transtorno de ansiedade pode evoluir para síndrome do pânico!

O transtorno do pânico (TP) é caracterizado por crises de ansiedade repentina e intensa com forte sensação de medo ou mal-estar, acompanhadas de sintomas físicos. As crises podem ocorrer em qualquer lugar, contexto ou momento, durando em média de 15 a 30 minutos.

Os ataques de pânico acarretam intenso sofrimento psíquico com modificações importantes de comportamento devido ao medo da ocorrência de novos ataques. Isso faz com que os pacientes procurem as emergências médicas em busca de causas orgânicas que expliquem seus sintomas.

Como ocorre:

A região central do cérebro é responsável pelo controle das emoções e da liberação de adrenalina – hormônio que faz com que o organismo se prepare para fugir ou lutar diante de um perigo. No transtorno do pânico, esse “alarme” cerebral dispara sem que haja um perigo real, provocando a sensação de medo e mal-estar intenso.

Sintomas: aceleração dos batimentos cardíacos e da respiração; falta de ar; pressão ou dor no peito; palidez; suor frio; tontura; náusea; pernas bambas; formigamento; tremores; calafrios ou ondas de calor; sensação de estar “fora do corpo”; medo de morrer ou de “perder o controle”; desmaio ou vômito no pico da crise.

Causas: O transtorno do pânico pode ter como origem situações extremas de estresse, como crises financeiras, brigas, separações ou mortes na família, experiências traumáticas na infância ou depois de assaltos e sequestros. Pessoas cujos pais têm transtornos de ansiedade são mais suscetíveis de desenvolver TP.

Tratamento: O tratamento combina medicamentos antidepressivos e ansiolíticos com psicoterapia e deve ser conduzido por médico psiquiatra; sua duração vai depender da intensidade da doença, podendo variar de meses a anos, sendo que se trata de um problema que pode ser controlado, mas para o qual não existe a cura completa. A psicoterapia objetiva auxiliar o paciente no resgate da autoconfiança necessária ao domínio das crises, através da consciência de si próprio.

Recomendações/observações:

– o diagnóstico do transtorno do pânico pode demorar a ocorrer, pois alguns dos sintomas físicos da doença podem ser confundidos com os sinais característicos do infarto;

– procure distinguir a ansiedade normal do transtorno de ansiedade. A primeira, é essencial para enfrentar os perigos reais que põem a sobrevivência em risco. Vencido o desafio, o sentimento é de alívio. Já a ansiedade patológica é uma reação desproporcional ao estímulo que a desencadeia, causa sofrimento, altera o comportamento e compromete o desempenho até mesmo das atividades rotineiras das pessoas;

– pratique exercícios físicos. Eles provocam algumas sensações semelhantes às da síndrome do pânico, como taquicardia e sudorese, porém, num contexto agradável, que ajuda a identificá-las melhor;

– não se automedique nem recorra ao consumo de álcool ou de outras drogas para aliviar os sintomas do pânico. Agindo assim, em vez de resolver um problema, você estará criando outros;

– procure assistência médica. O transtorno do pânico é uma doença como tantas outras e quanto antes for feito o diagnóstico, melhor será a resposta ao tratamento.

Então, agora você sabe mais sobre como pode ter sérios problemas devido à ansiedade? Estamos elaborando um Programa de Qualidade de Vida que pode lhe ajudar a identificar problemas e também a entender se tem problemas de ansiedade ou não. Acompanhe a divulgação de dicas de qualidade de vida em nossos canais e em breve o lançamento do Programa.

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis neste artigo possuem apenas caráter educativo.

Fonte: Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, CARVALHO, F. L. Síndrome do pânico: uma psicopatologia contemporânea, Conselho Federal de Medicina, Dr. Dráuzio Varella, Hospital Sírio Libanês, SALUM, G. A; BLAYA, C.; MANFRO, G. G. Transtorno do pânico.