Quando posso ter sérios problemas devido a ansiedade?

O que é ansiedade?

O termo tem várias definições nos dicionários não técnicos: aflição, angústia, perturbação do espírito causada pela incerteza, relação com qualquer contexto de perigo, etc.

Levando-se em conta o aspecto técnico, devemos entender ansiedade como um fenômeno que ora nos beneficia ora nos prejudica, dependendo das circunstâncias ou intensidade, podendo tornar-se patológica, isto é, prejudicial ao nosso funcionamento psíquico (mental) e somático (corporal).

A ansiedade estimula o indivíduo a entrar em ação, porém, em excesso, faz exatamente o contrário, impedindo reações. Os transtornos de ansiedade são doenças relacionadas ao funcionamento do corpo e às experiências de vida.

Pode-se sentir ansioso a maior parte do tempo sem nenhuma razão aparente; pode-se ter ansiedade às vezes, mas tão intensamente que a pessoa se sentirá imobilizada. A sensação de ansiedade pode ser tão desconfortável que, para evitá-la, as pessoas deixam de fazer coisas simples (como usar o elevador) por causa do desconforto que sentem.

Os transtornos da ansiedade têm sintomas muito mais intensos do que aquela ansiedade normal do dia a dia. Eles aparecem como:

– preocupações, tensões ou medos exagerados (a pessoa não consegue relaxar);

– sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer;

– preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho;

– medo extremo de algum objeto ou situação em particular;

– medo exagerado de ser humilhado publicamente;

– falta de controle sobre os pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da vontade;

– pavor depois de uma situação muito difícil.

Tratamento

Existem três tipos de tratamento para os transtornos de ansiedade;

– medicamentos (sempre com acompanhamento e receita médica);

– psicoterapia com psicólogo ou com médico psiquiatra;

– combinação dos dois tratamentos (medicamentos e psicoterapia).

A maior parte das pessoas começa a ser sentir melhor e retoma suas atividades depois de algumas semanas de tratamento, por isso é importante procurar ajuda especializada na unidade de saúde mais próxima. O diagnóstico precoce e preciso, um tratamento eficaz e o acompanhamento por um prazo longo, são imprescindíveis para obter-se melhores resultados e menores prejuízos.

Cuidado: transtorno de ansiedade pode evoluir para síndrome do pânico!

O transtorno do pânico (TP) é caracterizado por crises de ansiedade repentina e intensa com forte sensação de medo ou mal-estar, acompanhadas de sintomas físicos. As crises podem ocorrer em qualquer lugar, contexto ou momento, durando em média de 15 a 30 minutos.

Os ataques de pânico acarretam intenso sofrimento psíquico com modificações importantes de comportamento devido ao medo da ocorrência de novos ataques. Isso faz com que os pacientes procurem as emergências médicas em busca de causas orgânicas que expliquem seus sintomas.

Como ocorre:

A região central do cérebro é responsável pelo controle das emoções e da liberação de adrenalina – hormônio que faz com que o organismo se prepare para fugir ou lutar diante de um perigo. No transtorno do pânico, esse “alarme” cerebral dispara sem que haja um perigo real, provocando a sensação de medo e mal-estar intenso.

Sintomas: aceleração dos batimentos cardíacos e da respiração; falta de ar; pressão ou dor no peito; palidez; suor frio; tontura; náusea; pernas bambas; formigamento; tremores; calafrios ou ondas de calor; sensação de estar “fora do corpo”; medo de morrer ou de “perder o controle”; desmaio ou vômito no pico da crise.

Causas: O transtorno do pânico pode ter como origem situações extremas de estresse, como crises financeiras, brigas, separações ou mortes na família, experiências traumáticas na infância ou depois de assaltos e sequestros. Pessoas cujos pais têm transtornos de ansiedade são mais suscetíveis de desenvolver TP.

Tratamento: O tratamento combina medicamentos antidepressivos e ansiolíticos com psicoterapia e deve ser conduzido por médico psiquiatra; sua duração vai depender da intensidade da doença, podendo variar de meses a anos, sendo que se trata de um problema que pode ser controlado, mas para o qual não existe a cura completa. A psicoterapia objetiva auxiliar o paciente no resgate da autoconfiança necessária ao domínio das crises, através da consciência de si próprio.

Recomendações/observações:

– o diagnóstico do transtorno do pânico pode demorar a ocorrer, pois alguns dos sintomas físicos da doença podem ser confundidos com os sinais característicos do infarto;

– procure distinguir a ansiedade normal do transtorno de ansiedade. A primeira, é essencial para enfrentar os perigos reais que põem a sobrevivência em risco. Vencido o desafio, o sentimento é de alívio. Já a ansiedade patológica é uma reação desproporcional ao estímulo que a desencadeia, causa sofrimento, altera o comportamento e compromete o desempenho até mesmo das atividades rotineiras das pessoas;

– pratique exercícios físicos. Eles provocam algumas sensações semelhantes às da síndrome do pânico, como taquicardia e sudorese, porém, num contexto agradável, que ajuda a identificá-las melhor;

– não se automedique nem recorra ao consumo de álcool ou de outras drogas para aliviar os sintomas do pânico. Agindo assim, em vez de resolver um problema, você estará criando outros;

– procure assistência médica. O transtorno do pânico é uma doença como tantas outras e quanto antes for feito o diagnóstico, melhor será a resposta ao tratamento.

Então, agora você sabe mais sobre como pode ter sérios problemas devido à ansiedade? Estamos elaborando um Programa de Qualidade de Vida que pode lhe ajudar a identificar problemas e também a entender se tem problemas de ansiedade ou não. Acompanhe a divulgação de dicas de qualidade de vida em nossos canais e em breve o lançamento do Programa.

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis neste artigo possuem apenas caráter educativo.

Fonte: Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, CARVALHO, F. L. Síndrome do pânico: uma psicopatologia contemporânea, Conselho Federal de Medicina, Dr. Dráuzio Varella, Hospital Sírio Libanês, SALUM, G. A; BLAYA, C.; MANFRO, G. G. Transtorno do pânico.

Como diminuir o estresse no ambiente de trabalho.

Mais de 60% dos trabalhadores nos Estados Unidos dizem se sentir estressados em três ou mais dias úteis por semana, de acordo com uma pesquisa realizada pela Paychex. A maioria deles (73%) classifica o estresse acima do nível três, em uma escala de um a cinco. Não temos novos índices, mas com certeza aumentaram com o impacto da COVID-19, com a criação de postos híbridos e a necessidade de funcionários e empresas se adaptarem ao novo modelo on line em home office.

E o que causa o estresse? Mais de 80% dos entrevistados afirmaram que ficam estressados no trabalho porque estão gastando no escritório o tempo que deveriam ficar em casa, segundo o levantamento. Ainda, 52% disseram que fazem hora extra, e 47% afirmaram ter que trabalhar nos finais de semana, mesmo quando não estão de plantão.

Quer saber mais e como diminuir o estresse no ambiente de trabalho? Cabe aos gestores entenderem quais fatores impactam negativamente nas atividades de seus funcionários e buscar gerenciá-los. A primeira providência importante é entender se a comunicação entre gestores e equipes não está prejudicado e de que forma pode ser corrigido.

Um ponto importante a ser considerado é que com advento dos app’s de comunicação, as chefias (não todas), perderam o bom senso do protocolo de comunicação: cobram atividades de suas equipes a qualquer horário e aos finais de semana, sem entender muitas vezes que seus colaboradores não são obrigados a responder. Outro fato importante a salientar é que isso acaba sendo uma prova do funcionário contra a empresa, no caso de qualquer litígio sobre abuso no ambiente de trabalho. No Brasil já existem condenações e jurisprudência ampla a respeito.

Afinal, qual é a solução para todo esse estresse? Em artigo publicado no site da Forbes, Kate Ashford separou dez sugestões de especialistas e de trabalhadores.

1. Pausa para música

“Quando os projetos começam a se acumular e eu entro em pânico sem saber por onde começar, faço uma pausa e abro o Spotify”, afirma Megan Frisina, de 26 anos, que vive em Cleveland, nos Estados Unidos. “Coloco meus fones e ouço uma ou duas músicas, enquanto tomo uma xícara de café ou chá, evitando a tela do computador. Depois disso, estou pronta para começar”.

2. Meditar

“Praticar o mindfulness é uma ótima forma de aliviar o estresse”, diz Maura Thomas, fundadora do site RegainYourTime.com e autora do livro Personal Productivity Secrets (“Segredos pessoais de produtividade”, em tradução livre). “O Buddhify é meu aplicativo preferido. Os benefícios das práticas de meditação do mindfulness incluem melhorar a tomada de decisões, as relações e aumentar a criatividade. Adicionar mais tempos de pausa ao longo do dia pode te ajudar a se sentir mais calmo, mais energizado e menos distraído”.

3. Almoçar

Qual foi a última vez em que você almoçou fora da sua mesa de trabalho? “Almoçar te dá a energia necessária para trabalhar à tarde”, diz Jacqueline Lewis, fundadora do World Gratitude Map. “Se você usá-la da forma correta, a pausa para o almoço pode ser um resumo de um dia ideal, uma mistura de prazer, alimentação e descanso”, diz. Este ponto é ainda mais complicado no relacionamento on line. Quem nunca foi abordado por parceiros, clientes e fornecedores em plena hora do almoço?

4. Reforçar os limites

É fácil deixar o trabalho se infiltrar na sua vida pessoal com emails, mensagens e verificações constantes. Se possível, estipule a regra de não checar o email profissional desde a hora em que você chegar em casa até as 8 da manhã do dia seguinte, ou não atender telefonemas de trabalho durante o jantar com a sua família, recomenda a Associação Americana de Psicologia.

5. Descobrir um hobby

“Quando eu fico estressado durante o dia, toco piano”, diz Gene Caballero, cofundador do site GreenPal. “Tocar qualquer instrumento faz todas as áreas do cérebro trabalharem simultaneamente, então isso reinicia minha capacidade mental e me ajuda a enfrentar o dia. É como um exercício mental”.

6. Movimento é essencial

“Comecei a praticar Tai Chi há mais ou menos 12 anos e fui ficando viciada com o passar do tempo”, afirma Paige Arnof-Fenn, de 51 anos, que vive em Cambridge. “É uma forma de relaxar e manter o foco. Você pode praticar em qualquer lugar e não é necessário usar equipamento. Tai Chi melhorou meu equilíbrio, a densidade de meus ossos e a prática me ajuda a manter a mente calma. Além disso, conheci ótimas pessoas”.

7. Pensar em coisas boas

“Faça uma lista diária de gratidão escrevendo dez coisas pelas quais você é grato”, aconselha a terapeuta Kimberly Hershenson. “Focar naquilo que é bom em sua vida, em vez de pensar no que está errado no trabalho, ajuda a aliviar a ansiedade no ambiente profissional”.

8. Respirar fundo

“Respirar fundo é o método mais poderoso que você pode integrar à sua rotina de trabalho”, diz Michael Tamez, que escreve sobre bem-estar. “Ao respirar fundo, você inspira paz e tranquilidade e expira estresse e ansiedade”.

9. Tirar férias

Sabe aquelas férias que já estão para vencer? Fazer uma pausa ao longo do ano é importante para sua sanidade. Tente tirar pelo menos parte de suas férias e se desconectar do trabalho durante este período.

10. Repensar os elementos que geram estresse

Às vezes, tudo depende de como você pensa. Em vez de focar sua atenção nos aspectos negativos do trabalho, pense: “O que eu posso fazer hoje?”, diz Srini Pillay, CEO do NeuroBusiness Group. “Assim, você diminui a ativação do centro de ansiedade do cérebro e aumenta a atividade na área que concentra os pensamentos”.

Agora você já sabe medidas práticas em “como posso diminuir o estresse no ambiente de trabalho”. Estamos desenvolvendo um Programa de Qualidade de Vida que pode lhe ajudar com um treinamento específico em gerenciamento de estresse. Fica antenado em nossas dicas sobre qualidade de vida e siga o lançamento em nossas redes sociais.

Fonte: Site de O Globo, Site da Forbes.

Como posso gerenciar o meu nível de estresse?

O que é o estresse?

O estresse é a reação do corpo às mudanças que requerem uma resposta imediata ou adaptação a uma nova realidade. Ele pode ser experienciado através de fatores externos (trabalho, acidente de trânsito, impasse no relacionamento) ou ser estimulado por seus próprios pensamentos.

Já percebeu que alguns devaneios causam reações emocionais fortes? Então, somente o ato de pensar em alguma pendência ou cenário futuro pode deixá-lo estressado. Situações consideradas positivas, como uma promoção ou o nascimento de um filho, também podem causar estresse. Quando algum destes eventos se apresenta, o sistema nervoso reage liberando uma descarga de hormônios como a adrenalina e o cortisol, que por sua vez avisam o corpo de que é preciso tomar uma atitude urgente. O coração acelera, os músculos contraem, a pressão sanguínea aumenta, a respiração fica ofegante e seus sentidos se tornam mais aguçados. Estas mudanças físicas ocorrem para aumentar a sua força e resistência, e melhorar a sua velocidade de reação.

No entanto, em períodos curtos, o estresse ajuda a manter o foco, a energia e o estado de alerta. Além disso, o estresse pode impulsionar o indivíduo a enfrentar desafios. Porém, ao atravessar a sua zona de conforto, o estresse deixa de ser útil e pode começar a causar grandes danos à sua mente e corpo.

A necessidade de lidar com novas obrigações e modificar o seu comportamento para corresponder ao novo ambiente são bem estressantes! Em outras palavras, encontramos o estresse em diversas ocasiões comuns da vida. Não é possível escapar dele, mas é possível aprender a controlá-lo e a evitá-lo (até certo ponto) no dia a dia.

O que é o estresse no trabalho?

O termo estressor ocupacional designa estímulos que são gerados no trabalho e têm consequências físicas ou psicológicas negativas para um maior número de indivíduos expostos a eles. Consideram-se agentes estressores os fatores extraorganizacionais e organizacionais, individuais e de grupo.

O que ocasiona estresse no ambiente de trabalho?

Um ambiente de trabalho estressante pode ser extremamente danoso para a saúde dos colaboradores e para a produtividade da empresa. Excesso de trabalho, problemas de relacionamento, cobranças inadequadas ou em demasia são alguns dos fatores que desencadeiam o estresse no trabalho cotidiano das organizações.

Quais são as causas mais comuns de estresse no trabalho?

Certos fatores tendem a caminhar juntos com o estresse relacionado ao ambiente de trabalho. Geralmente, são ocasionados por momentos de pressão, incerteza ou altos níveis de ansiedade. Os elementos mais estressantes são:

  • salários baixos;
  • hábitos produtivos ruins;
  • carga de trabalho excessiva;
  • poucas oportunidades de crescimento ou aprendizado;
  • trabalho nada desafiador ou interessante;
  • falta de apoio social;
  • falta de controle sobre decisões relacionadas ao trabalho;
  • demandas conflitantes ou expectativas de performance pouco claras.

Administrar o estresse é um grande desafio. O acúmulo gerado por essa tensão excessiva pode acarretar em consequências negativas para a saúde e o bem-estar do indivíduo. Confira a seguir algumas dicas para gerenciar o nível alto de estresse:

  • Evite substâncias estimulantes (como a cafeína e a nicotina) e o álcool. O açúcar refinado, presente em muitos alimentos, também pode ser prejudicial, aumentando a sensação de cansaço e irritabilidade;
  • Pratique exercícios físicos. Além de regular a qualidade do sono, as atividades físicas produzem neurotransmissores capazes de ajudar a restaurar o equilíbrio do corpo e da mente;
  • Durma bem e antes da meia noite. A privação de sono é um fator que agrava o estresse.Busque criar uma rotina de higiene do sono para condicionar seu corpo de que está na hora de descansar. Caso os sintomas de distúrbios do sono persistam, procure ajuda médica e psicológica;
  • Saiba identificar quais situações podem ser controladas e imponha limites. Aprenda, também, a dizer não quando necessário;
  • Descanse sem culpa. Muitas vezes, levamos as situações ao extremo, sem respeitar os sinais que o corpo e a mente dão sobre a exaustão. Saiba identificar esses momentos e respeite esse período para recuperar suas energias;
  • Fale sobre seus problemas e sentimentos. Muitas vezes, uma boa conversa ajuda a liberar a tensão acumulada, olhar as situações sob novas perspectivas, alinhar as expectativas e encontrar ferramentas para encarar as situações que geram estresse.

Agora já sabe como gerenciar o seu nível de estresse? Opte sempre por boas escolhas de saúde e bem estar. Acompanhe nossas publicações sobre saúde e qualidade de vida!