Fique atento: REFIS para o Simples Nacional (vetado)

Apesar da aprovação pela Câmara dos Deputados aprovou em 16 de dezembro o regime de urgência para o Projeto de Lei Complementar 46/21, do Senado, que institui o Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional (Relp), uma espécie de refinanciamento (Refis) para as micro e pequenas empresas, Bolsonaro veta projeto que permitiria REFIS para MEIs e empresas do Simples Nacional.

O veto presidencial foi divulgado na edição desta sexta-feira, (7/1) do Diário Oficial da União. Na mensagem dirigida ao presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Bolsonaro se justifica por “inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse publico”, porque, “ao instituir o benefício fiscal, implicaria em renúncia de receita”. Isso, na visão do governo, contraria a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

A medida, beneficiaria 16 milhões de microempreendedores individuais e empresas de pequeno porte. O veto presidencial poderá ainda ser derrubado pelo Congresso Nacional, mas não há data para ser apreciado.

Dessa forma, se você possui débitos no Simples Nacional, pode optar pelo REFIS de 2021, que tem o prazo máximo de 31 de janeiro de 2022. Fique atento e avalie se é uma boa opção neste momento para o seu negócio.

Se precisar, prestamos serviços de levantamento de dívida e negociação, na opção digital da Receita Federal, não deixe de nos contatar.

Fique atento que vamos divulgar aqui se o veto será derrubado pela Câmara dos Deputados. Em ano de eleição, tudo pode acontecer.

Fonte: Agência Câmara de Notícias, Site do Conjur.

Etapas essenciais de gestão financeira para PME

Gestão financeira empresarial é todo controle, administração, acompanhamento e planejamento das finanças de um negócio. Possui como principal objetivo a maximização dos resultados, ou seja, dos lucros. Para isso, utiliza de processos, métodos, ferramentas e padronização para alcançar melhores resultados financeiros.

Mas perceba que não existe uma definição exata, muito menos quais processos ou ferramentas deverão ser utilizados. Isso porque cada empresa é única e processos existem aos montes. Dessa forma, é comum que a gestão financeira, mesmo entre empresas do mesmo tamanho e segmento, seja diferente.

E tudo graças a maleabilidade do mundo empresarial. Até mesmo entre áreas como marketing e vendas, os processos e ferramentas (como toda a dinâmica de funcionamento) mudam entre empresas. E justamente por conta dessa gama de possibilidades que a gestão financeira empresarial torna-se relevante.

Agora que já conseguimos entender a importância de implementar processos gerenciais organizados para o controle das finanças de sua empresa, vamos ao nosso guia com 10 passos que não podem faltar nesta gestão!

Planejamento estratégico

Quais são os objetivos de sua empresa a curto, médio e longo prazo?

Qual o montante de capital que precisará ser investido para estas ações?

Como investir no crescimento do negócio sem deixar a empresa sair do azul?

Estas são apenas algumas das perguntas que devem ser respondidas dentro de um planejamento estratégico que deve ser revisado com frequência.

Ele fornecerá a base metodológica para o crescimento de sua empresa e para sua organização financeira!

Na hora de realizar um planejamento estratégico com foco nas finanças, leve também em conta:

Um mapeamento dos processos financeiros de sua empresa;

O estabelecimento de métricas e KPIs para avaliar os resultados e a condução das finanças de sua empresa;

Definição dos objetivos, prazos e orçamentos de cada estratégia e de cada projeto em que sua empresa estiver envolvida.

Levantar estudos de inteligência de mercado e dados da concorrência.

Organização do fluxo de caixa

O fluxo de caixa é um dos principais instrumentos da gestão financeira de uma empresa.

Ele consiste, basicamente, no controle das entradas e saídas do caixa de um negócio durante um determinado período.

O principal objetivo de um fluxo de caixa é avaliar ou projetar o montante de capital de uma empresa, visando fornecer um quadro realista de suas finanças.

No fluxo de caixa tradicional temos um retrato da saúde financeira de um negócio.

Na projeção de fluxo de caixa, levamos em conta a média das entradas e saídas para visualizar o futuro de uma empresa.

Assim, podemos perceber seu potencial de crescimento e os eventuais riscos para suas finanças!

Neste sentido, o fluxo de caixa deve ser encarado como uma ferramenta de uso contínuo e grande aliada de uma gestão financeira eficiente.

Separação entre as despesas pessoais e as despesas do negócio

Por mais simples que pareça, a separação entre as contas pessoais e as contas da empresa é uma ação indispensável para ter uma gestão financeira eficiente.

É muito comum, principalmente nos pequenos negócios, que o empreendedor utilize suas entradas para quitar débitos pessoais.

É comum, porém extremamente NÃO recomendado!

Essa prática pode acabar desorganizando as finanças de uma empresa, comprometendo a estabilidade e a saúde do empreendimento.

Para não estimular este hábito, o ideal é que, desde o início da trajetória de um negócio, seja estipulado um valor de pró-labore para os sócios administrarem sua vida pessoal.

Já as contas da empresa deverão ser registradas na contabilidade do negócio como saídas e, por isso, precisam sempre ser tratadas de modo independente.

Controle das vendas

Quando falamos de gestão financeira, um dos aspectos decisivos para o sucesso neste terreno gerencial é o controle das vendas.

Esta prática nada mais é do que a administração das saídas de produtos ou serviços de seu estabelecimento.

Consequentemente, é a porta de entrada de recursos financeiros em qualquer empresa!

Para ter um controle de vendas realmente eficaz, precisamos implementar, dentre outras ações:

Registro das vendas realizadas por diferentes meios (dinheiro, cartões de crédito e de débito, cheques e parcelamentos);

Automatizar os processos de controle e conferência das vendas via cartão de crédito;

    Validar se todos os pagamentos estão corretos;

    Utilizar softwares de gestão financeira;

    Treinar equipes para utilização da inovação a favor do negócio.

Avaliação e controle dos custos de estoque

O controle de estoque é outro desafio importante da gestão financeira.

Quando não é realizado da maneira correta, o empreendedor pode perder produtos devido a um excesso de estoque que ficará “encalhado” no negócio.

Outro problema é deixar de suprir as necessidades de seus clientes por causa de um estoque pouco abastecido!

Para não passar por estes transtornos, o passo fundamental é avaliar sempre as movimentações do estoque.

Assim, é possível gerir a oferta de produtos de acordo com a demanda pelos itens!

Vale salientar que uma boa gestão de estoque pode auxiliar o empreendedor em decisões estratégicas, como, por exemplo:

Que produtos podem entrar em promoção para estimular as vendas?

Quais são os produtos “carros-chefes” do negócio e de que modo eles podem ser destacados?

Reposicionamento do estoque conforme a demanda;

Possível inclusão ou exclusão de produtos no estoque, conforme o volume de saídas de cada um.

Precificação correta

Você atribui um preço a seus produtos ou serviços com base na intuição?

Se a resposta for sim…

PARE AGORA MESMO!

Precificar sem uma base sólida de dados é uma falha grave de gestão financeira!

Essa falha pode comprometer o futuro de seu negócio.

Na hora de estipular o preço de seus produtos, é indispensável que o gestor de uma empresa leve em conta os custos (tanto fixos, quanto variáveis) envolvidos na oferta destes itens em seu negócio.

É preciso levar em conta também os preços praticados pela concorrência!

Busque ser competitivo, sem estabelecer uma margem muito pequena de lucro, que podem atrapalhar o crescimento do negócio como um todo.

Planejamento e gestão tributária

Conhecer, ao menos o básico, dos impostos e tributos que envolvem o dia a dia de sua empresa é outra etapa importante da gestão financeira.

A partir deste acompanhamento, é possível fazer um planejamento tributário que reduza os impactos da alta carga fiscal brasileira, sem deixar de garantir a transparência e a segurança do seu negócio!

Contudo, o empreendedor deve contar com o suporte de contadores, profissionais especializados e, se possível, de sistemas de gestão contábil para este controle dos impostos.

Entretanto, é importante ter em mente que informação fiscal é poder!

Ao buscar inserir questões tributárias em seus processos de gestão financeira, uma empresa só terá a ganhar.

Estes ganhos envolvem desde o cumprimento rigoroso das obrigações tributárias, até uma redução de custos com eventuais multas, atrasos e enquadramento fiscal inadequado.

Conciliação dos recebíveis

Cada vez mais, os pagamentos via cartões de crédito e débito são uma realidade nas empresas.

Por isso, uma gestão financeira só é completa quando incorpora também a conciliação de recebíveis.

Essa conciliação envolve o acompanhamento das taxas, prazos e parcelas de cartão e de todos os processos relacionados com o adquirente.

Por meio da conciliação de recebíveis, o empreendedor pode ter um controle maior das operações via cartão.

Assim, ele pode identificar, validar e comprovar se as transações foram realmente pagas pela operadora de cartão.

Embora também possa ser realizado manualmente, é recomendado que a conciliação de recebíveis seja feita de modo automatizado.

O resultado é mais segurança, agilidade e eficiência em sua conciliação!

Planejamento do futuro com base em dados

Somente por meio de indicadores e dados claros sobre o capital de um negócio, é possível realizar um gerenciamento das finanças sem risco.

É importante investir um tempo para realizar um mapeamento detalhado de cada aspecto que envolve o âmbito financeiro de seu negócio: patrimônio, valores de investimento, entradas, saídas, contas a pagar e a receber etc.

Através de mapeamentos como esse, o empreendedor poderá planejar o futuro da empresa de modo estratégico e corrigir falhas antes que elas comprometam o sucesso do negócio.

Uso da tecnologia a favor da gestão financeira

Para todas as etapas aqui descritas, o empreendedor pode e deve fazer uso de soluções inovadoras a favor da gestão financeira de seu negócio.

Além de otimizar processos, a tecnologia permite a redução de erros e custos no dia a dia de uma empresa!

Ela contribui para a organização e permite que os colaboradores de uma empresa dediquem mais tempo para o core business do negócio.

Este é um passo a passo indicativo de organização financeira e pode ser seguido por qualquer empresa em qualquer tamanho de negócio. O importante é o gestor entender que é vital para a empresa a produção de um fluxo de caixa que reflita efetivamente as operações empresariais, sendo poderosa ferramenta de gestão de médio e longo prazo.