Etapas essenciais de gestão financeira para PME

Gestão financeira empresarial é todo controle, administração, acompanhamento e planejamento das finanças de um negócio. Possui como principal objetivo a maximização dos resultados, ou seja, dos lucros. Para isso, utiliza de processos, métodos, ferramentas e padronização para alcançar melhores resultados financeiros.

Mas perceba que não existe uma definição exata, muito menos quais processos ou ferramentas deverão ser utilizados. Isso porque cada empresa é única e processos existem aos montes. Dessa forma, é comum que a gestão financeira, mesmo entre empresas do mesmo tamanho e segmento, seja diferente.

E tudo graças a maleabilidade do mundo empresarial. Até mesmo entre áreas como marketing e vendas, os processos e ferramentas (como toda a dinâmica de funcionamento) mudam entre empresas. E justamente por conta dessa gama de possibilidades que a gestão financeira empresarial torna-se relevante.

Agora que já conseguimos entender a importância de implementar processos gerenciais organizados para o controle das finanças de sua empresa, vamos ao nosso guia com 10 passos que não podem faltar nesta gestão!

Planejamento estratégico

Quais são os objetivos de sua empresa a curto, médio e longo prazo?

Qual o montante de capital que precisará ser investido para estas ações?

Como investir no crescimento do negócio sem deixar a empresa sair do azul?

Estas são apenas algumas das perguntas que devem ser respondidas dentro de um planejamento estratégico que deve ser revisado com frequência.

Ele fornecerá a base metodológica para o crescimento de sua empresa e para sua organização financeira!

Na hora de realizar um planejamento estratégico com foco nas finanças, leve também em conta:

Um mapeamento dos processos financeiros de sua empresa;

O estabelecimento de métricas e KPIs para avaliar os resultados e a condução das finanças de sua empresa;

Definição dos objetivos, prazos e orçamentos de cada estratégia e de cada projeto em que sua empresa estiver envolvida.

Levantar estudos de inteligência de mercado e dados da concorrência.

Organização do fluxo de caixa

O fluxo de caixa é um dos principais instrumentos da gestão financeira de uma empresa.

Ele consiste, basicamente, no controle das entradas e saídas do caixa de um negócio durante um determinado período.

O principal objetivo de um fluxo de caixa é avaliar ou projetar o montante de capital de uma empresa, visando fornecer um quadro realista de suas finanças.

No fluxo de caixa tradicional temos um retrato da saúde financeira de um negócio.

Na projeção de fluxo de caixa, levamos em conta a média das entradas e saídas para visualizar o futuro de uma empresa.

Assim, podemos perceber seu potencial de crescimento e os eventuais riscos para suas finanças!

Neste sentido, o fluxo de caixa deve ser encarado como uma ferramenta de uso contínuo e grande aliada de uma gestão financeira eficiente.

Separação entre as despesas pessoais e as despesas do negócio

Por mais simples que pareça, a separação entre as contas pessoais e as contas da empresa é uma ação indispensável para ter uma gestão financeira eficiente.

É muito comum, principalmente nos pequenos negócios, que o empreendedor utilize suas entradas para quitar débitos pessoais.

É comum, porém extremamente NÃO recomendado!

Essa prática pode acabar desorganizando as finanças de uma empresa, comprometendo a estabilidade e a saúde do empreendimento.

Para não estimular este hábito, o ideal é que, desde o início da trajetória de um negócio, seja estipulado um valor de pró-labore para os sócios administrarem sua vida pessoal.

Já as contas da empresa deverão ser registradas na contabilidade do negócio como saídas e, por isso, precisam sempre ser tratadas de modo independente.

Controle das vendas

Quando falamos de gestão financeira, um dos aspectos decisivos para o sucesso neste terreno gerencial é o controle das vendas.

Esta prática nada mais é do que a administração das saídas de produtos ou serviços de seu estabelecimento.

Consequentemente, é a porta de entrada de recursos financeiros em qualquer empresa!

Para ter um controle de vendas realmente eficaz, precisamos implementar, dentre outras ações:

Registro das vendas realizadas por diferentes meios (dinheiro, cartões de crédito e de débito, cheques e parcelamentos);

Automatizar os processos de controle e conferência das vendas via cartão de crédito;

    Validar se todos os pagamentos estão corretos;

    Utilizar softwares de gestão financeira;

    Treinar equipes para utilização da inovação a favor do negócio.

Avaliação e controle dos custos de estoque

O controle de estoque é outro desafio importante da gestão financeira.

Quando não é realizado da maneira correta, o empreendedor pode perder produtos devido a um excesso de estoque que ficará “encalhado” no negócio.

Outro problema é deixar de suprir as necessidades de seus clientes por causa de um estoque pouco abastecido!

Para não passar por estes transtornos, o passo fundamental é avaliar sempre as movimentações do estoque.

Assim, é possível gerir a oferta de produtos de acordo com a demanda pelos itens!

Vale salientar que uma boa gestão de estoque pode auxiliar o empreendedor em decisões estratégicas, como, por exemplo:

Que produtos podem entrar em promoção para estimular as vendas?

Quais são os produtos “carros-chefes” do negócio e de que modo eles podem ser destacados?

Reposicionamento do estoque conforme a demanda;

Possível inclusão ou exclusão de produtos no estoque, conforme o volume de saídas de cada um.

Precificação correta

Você atribui um preço a seus produtos ou serviços com base na intuição?

Se a resposta for sim…

PARE AGORA MESMO!

Precificar sem uma base sólida de dados é uma falha grave de gestão financeira!

Essa falha pode comprometer o futuro de seu negócio.

Na hora de estipular o preço de seus produtos, é indispensável que o gestor de uma empresa leve em conta os custos (tanto fixos, quanto variáveis) envolvidos na oferta destes itens em seu negócio.

É preciso levar em conta também os preços praticados pela concorrência!

Busque ser competitivo, sem estabelecer uma margem muito pequena de lucro, que podem atrapalhar o crescimento do negócio como um todo.

Planejamento e gestão tributária

Conhecer, ao menos o básico, dos impostos e tributos que envolvem o dia a dia de sua empresa é outra etapa importante da gestão financeira.

A partir deste acompanhamento, é possível fazer um planejamento tributário que reduza os impactos da alta carga fiscal brasileira, sem deixar de garantir a transparência e a segurança do seu negócio!

Contudo, o empreendedor deve contar com o suporte de contadores, profissionais especializados e, se possível, de sistemas de gestão contábil para este controle dos impostos.

Entretanto, é importante ter em mente que informação fiscal é poder!

Ao buscar inserir questões tributárias em seus processos de gestão financeira, uma empresa só terá a ganhar.

Estes ganhos envolvem desde o cumprimento rigoroso das obrigações tributárias, até uma redução de custos com eventuais multas, atrasos e enquadramento fiscal inadequado.

Conciliação dos recebíveis

Cada vez mais, os pagamentos via cartões de crédito e débito são uma realidade nas empresas.

Por isso, uma gestão financeira só é completa quando incorpora também a conciliação de recebíveis.

Essa conciliação envolve o acompanhamento das taxas, prazos e parcelas de cartão e de todos os processos relacionados com o adquirente.

Por meio da conciliação de recebíveis, o empreendedor pode ter um controle maior das operações via cartão.

Assim, ele pode identificar, validar e comprovar se as transações foram realmente pagas pela operadora de cartão.

Embora também possa ser realizado manualmente, é recomendado que a conciliação de recebíveis seja feita de modo automatizado.

O resultado é mais segurança, agilidade e eficiência em sua conciliação!

Planejamento do futuro com base em dados

Somente por meio de indicadores e dados claros sobre o capital de um negócio, é possível realizar um gerenciamento das finanças sem risco.

É importante investir um tempo para realizar um mapeamento detalhado de cada aspecto que envolve o âmbito financeiro de seu negócio: patrimônio, valores de investimento, entradas, saídas, contas a pagar e a receber etc.

Através de mapeamentos como esse, o empreendedor poderá planejar o futuro da empresa de modo estratégico e corrigir falhas antes que elas comprometam o sucesso do negócio.

Uso da tecnologia a favor da gestão financeira

Para todas as etapas aqui descritas, o empreendedor pode e deve fazer uso de soluções inovadoras a favor da gestão financeira de seu negócio.

Além de otimizar processos, a tecnologia permite a redução de erros e custos no dia a dia de uma empresa!

Ela contribui para a organização e permite que os colaboradores de uma empresa dediquem mais tempo para o core business do negócio.

Este é um passo a passo indicativo de organização financeira e pode ser seguido por qualquer empresa em qualquer tamanho de negócio. O importante é o gestor entender que é vital para a empresa a produção de um fluxo de caixa que reflita efetivamente as operações empresariais, sendo poderosa ferramenta de gestão de médio e longo prazo.

O que é diversidade no ambiente trabalho?

Nossa sociedade é altamente diversificada. São várias etnias, pessoas com deficiência, grupos LGBTQ, homens e mulheres. Assim, não é possível fechar os olhos para essas variedades. É preciso aceitar os profissionais como eles são e favorecer o aprendizado com as diferenças.

A diversidade no ambiente de trabalho significa o desenvolvimento, por parte da organização, de uma postura madura diante da pluralidade da nossa sociedade. Isso significa acolher os colaboradores nas suas diferenças e apoiar a inclusão e a tolerância com as multiplicidades culturais.

Qual a importância da diversidade nas organizações?

Alcance de melhores resultados

A diversidade nas organizações contribui para que a equipe alcance resultados mais positivos. Isso acontece porque o ambiente de trabalho é cooperativo, estimulante e acolhedor. Assim, os colaboradores se sentem mais motivados e engajados para realizarem suas atividades.

Redução dos conflitos

Em organizações em que há uma cultura de respeito à diversidade, os conflitos são bem menos recorrentes. Como há uma política de boa convivência entre as diferenças, os colegas de trabalho podem ter mais facilidade para lidar com divergências entre eles. A política de respeito e tolerância estimula a capacidade de escuta e de buscar acordos dos profissionais.

Dessa forma, diferenças de opinião não desencadeiam em desentendimentos, rompimentos ou atritos. Elas são estímulos para a formação de uma construção cooperativa e para a busca de um consenso.

Diminuição da rotatividade

Quando há muita exclusão na equipe devido às dificuldades de convivência com diferenças, é comum acontecerem desligamentos da empresa. Às vezes, por não suportarem a dinâmica de segregação entre os colegas, alguns membros do time preferem sair do emprego. Esse processo é muito problemático. Equipes intolerantes tendem a ter um alto índice de rotatividade porque os profissionais não dão conta da exclusão.

Com um grupo diversificado e que acolhe as diferenças, os colaboradores se sentem mais seguros e acolhidos. Isso contribui para a cooperatividade e o senso de pertencimento. Assim, o turnover é bem menor na companhia.

Aumento da criatividade no ambiente

Em um ambiente que valoriza a diferença e que coloca a diversidade como um elemento que acrescenta para o negócio, os colaboradores sentem que têm mais liberdade para ter autenticidade e genuinidade no trabalho.

Esse fator contribui para que haja mais originalidade na produção. Além disso, o ambiente diversificado propicia condições para que novas ideias circulem entre os membros do time. Os profissionais ficam mais engajados e criativos, prontos para liberarem os seus potenciais.

Melhoria da imagem da empresa

Uma corporação que valoriza a diversidade está cumprindo com seu papel social. Isso contribui para que a organização seja bem-vista. Afinal, é uma postura de responsabilidade para com a sociedade. Além disso, o aprendizado sobre a multiplicidade que os colaboradores têm na companhia é difundido no meio social pelos próprios profissionais. Quando vão para outros espaços, eles reproduzem os comportamentos de tolerância aprendidos no trabalho. Com isso, se tornam exemplos para as outras pessoas.

A diversidade no ambiente de trabalho é fundamental para a aprendizagem sobre o respeito e a tolerância. Mas ela também favorece os processos, melhorando a interação da equipe, aumentando a qualidade de vida e estimulando a aceitação entre os colegas. Times que apostam nessa aprendizagem têm uma série de benefícios, como melhores resultados e maior cooperatividade.

Para estimular uma postura madura com relação à multiplicidade na empresa, você pode apostar em medidas como desenvolver programas de inclusão, realizar mostras culturais e fazer programas voluntários.

Essas medidas podem ser adotadas por organização de qualquer tamanho, seja a pequena, média ou grande empresa. É fundamental que essas premissas estejam contempladas no plano estratégico do negócio e também na manual e política de recursos humanos.

Depressão: quando preciso buscar ajuda?

Com certeza já nos perguntamos mais de uma vez se temos ou não problemas de depressão, e consequentemente ansiedade, já que são dois distúrbios que muitas vezes caminham juntos.

A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa auto-estima, que aparecem com freqüência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado.

Veja os seus principais sintomas:

• desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas;

• diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis;

• desinteresse, falta de motivação e apatia;

• falta de vontade e indecisão;

• sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio;

• pessimismo, idéias freqüentes e desproporcionais de culpa, baixa auto-estima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte. A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio;

• interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom “cinzento” para si, os outros e seu mundo;

• dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento;

• diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido;

• perda ou aumento do apetite e do peso;

• insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário . habitual) ou, menos freqüentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo);

• dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarréia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.

Causas

A depressão é uma doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos. Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais muitas vezes são conseqüência e não causa da depressão. Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. A prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresentam o problema em algum momento da vida.

Tratamento

O tratamento da depressão é essencialmente medicamentoso. Existem mais de 30 antidepressivos disponíveis. Ao contrário do que alguns temem, essas medicações não são como drogas, que deixam a pessoa eufórica e provocam vício. A terapia é simples e, de modo geral, não incapacita ou entorpece o paciente. Alguns pacientes precisam de tratamento de manutenção ou preventivo, que pode levar anos ou a vida inteira, para evitar o aparecimento de novos episódios. A psicoterapia ajuda o paciente, mas não previne novos episódios, nem cura a depressão. A técnica auxilia na reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar sua compreensão sobre o processo de depressão e na resolução de conflitos, o que diminui o impacto provocado pelo estresse.

Se você tem estes sintomas de forma acumulativa, busque ajuda médica e psicológica.  Somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis neste artigo possuem apenas caráter educativo.

Estamos elaborando um Programa de Qualidade de Vida para te auxiliar na promoção e conquista de escolhas de bem estar. Acompanhe os artigos em nossas mídias sociais e fique antenado com o lançamento do programa.

Fonte: Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde