A ansiedade e os transtornos de ansiedade são um conjunto de doenças psiquiátricas marcadas pela preocupação excessiva ou constante de que algo negativo vai acontecer. Em especial durante as crises de… que algo negativo vai acontecer. Em especial durante as crises de ansiedade, as pessoas não conseguem se ater ao presente e sentem uma grande tensão, às vezes sem um motivo aparente. Esse problema pode manifestar sintomas físicos também, como sudorese e arritmia cardíaca.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 300 milhões de indivíduos vivem com transtornos de ansiedade no planeta. No Brasil, eles atingem 6,0% da população, o que faz do nosso país o líder no ranking. Isso é na verdade uma triste liderança.
O que causa a ansiedade
A origem dos transtornos de ansiedade varia bastante de indivíduo para indivíduo. Eles podem, por exemplo, aparecer por desequilíbrios químicos do cérebro, pela falta de suporte familiar ou por traumas, principalmente na infância. Ou por uma mistura de fatores.
Além disso, é possível que uma pessoa com a condição manifeste crises por causa de gatilhos específicos. Além dos fatores já mencionados, insônia, estresse, sedentarismo e falta de lazer estão entre os itens que podem deflagrar as manifestações do transtorno.
Tipos de transtorno de ansiedade
Os sintomas variam de acordo com o quadro específico, digamos assim. Conheça os principais e o que acontece quando uma crise dá as caras:
Transtorno de ansiedade generalizada (TAG): é o mais comum e frequente. “O paciente fica inquieto e excessivamente irritado. Ele sente muito cansaço e falta de concentração, porque o cérebro não desliga. A insônia é comum também.
Fobias: compreendem problemas caracterizados pelo medo exagerado ou paralisante diante de objetos, animais ou situações específicas. Medo de altura, de agulhas e de entrar no elevador fazem parte do pacote.
Fobia social: ela merece um espaço a parte por estar relacionada a ocasiões sociais. Os pacientes sentem medo não apenas de falar em público, mas de qualquer situação que envolva estar com desconhecidos, mesmo que não seja necessário conversar com ninguém (ir a festas, eventos, reuniões, lanchonetes etc). O isolamento, claro, se torna muito comum.
Síndrome do Pânico: um quadro severo de ansiedade, que pode surgir subitamente. Do nada, a pessoa tem uma sensação iminente de morte, sofrendo taquicardia, falta de ar e sudorese. A crise dura de segundos a minutos, mas, para quem está vivendo, parece uma eternidade.
Então, o que posso fazer para diminuir a minha ansiedade?
Pandemia e teletrabalho: um contexto que merece atenção.
O ano de 2020 revelou um novo inimigo para a higidez mental. A pandemia da Covid-19 exigiu medidas de isolamento social, privando-nos da dinâmica de interações que estávamos habituados, especialmente no trabalho.
Reações psicológicas adversas são associadas à epidemia e incluem o medo, a irritabilidade, a angústia e a tristeza. Se manifestam em distúrbios do apetite e do sono, conflitos interpessoais, episódios de violência e pensamentos recorrentes relacionados à morte e à saúde própria ou de familiares. A adoção do teletrabalho para o exercício das funções judiciais e administrativas aumentou a carga laboral, principalmente para as mulheres.
O que pode ser feito
Os sofrimentos decorrentes das questões da vida são comuns a todos. Ninguém está livre de perdas, imprevistos, separações, lutos, problemas financeiros, quebra de expectativas por não receber uma promoção ou um cargo, frustrações amorosas, problemas familiares, doenças, notícias de morte na família etc. Contudo esses sofrimentos podem gerar situações de ansiedade ou outros sintomas que, se não cuidados a tempo, irão se agravar. O sofrimento mental e psíquico pode levar a estados patológicos de síndromes e de transtornos mentais que devem ser abordados como qualquer doença “orgânica”: eles têm uma história clínica, um início desencadeado por determinado evento patológico que leva a alterações de neurotransmissores, causando sofrimento, que possuem fatores de melhora e de piora. Mas todos eles possuem, sobretudo, estratégias de prevenção e formas seguras de tratamento.
Do ponto de vista individual, algumas ações podem ser feitas para ampliar os cuidados em situações de acúmulo de estresse e de sofrimento psíquico:
- Reconhecer os limites e manter uma visão realista de si.
- Evitar comparações.
- Possuir flexibilidade para as mudanças necessárias na vida.
- Estar aberto ao diálogo.
- Permitir-se tempo para lazer e para socialização.
- Ter relações afetivas com amigos e família.
- Cuidar do sono.
- Realizar atividade física.
- Expressar emoções e sentimentos sem violência.
- Desenvolver a espiritualidade.
- Relacionar-se com o transcendente.
- Pedir ajuda profissional quando necessário (quando as dores ou perdas estiverem intervindo na qualidade de vida, na capacidade de realizar o trabalho e manter relações afetivas estáveis e saudáveis).
- Cuidar dos pensamentos para que não sejam repetitivos, ameaçadores, autopunitivos e rígidos.
- Ampliar as experiências emocionais.
Então, agora você já sabe o que fazer para diminuir a sua ansiedade? Estamos elaborando um Programa de Qualidade de Vida que pode lhe ajudar a identificar problemas e também a entender se tem problemas de ansiedade ou não. Acompanhe a divulgação de dicas de qualidade de vida em nossos canais e em breve o lançamento do Programa.
IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em neste artigo possuem apenas caráter educativo.
Fonte: Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, Site: Saúde Abril.